A possibilidade de mudar, aperfeiçoar ou inovar as ações de uma empresa surge, principalmente, em momentos de turbulência econômica. Historicamente, a possibilidade de mudança é analisada pelos gestores em períodos de crise.

Atualmente, o mundo vivencia a experiência de uma crise econômica, cujas consequências são imprevisíveis. De qualquer forma, esta crise precisa ser aceita e compreendida pelos empresários. Em todo momento o mundo depara-se com crises, sejam econômicas, sociais ou ambientais.

O empresário, algumas vezes, sente-se preguiçoso e amedrontado na procura do autoconhecimento. Ele terá sucesso quando decidir olhar para o interior de sua empresa, pegar uma 'picareta' e quebrar criativamente o muro que o separa do mundo competitivo.

Essa barreira a ser ultrapassada é que distinguirá o empresário que sabe enfrentar os problemas (neste caso, a crise) e transformá-los em oportunidades. É preciso olhar no espelho e ver os ambientes interno e externo da organização e enxergar o que realmente somos, temos e fazemos de bom. É preciso renovar. É importante ainda despertar a intuição, o que requer coragem implacável e um contínuo desejo de enfrentar o desconhecido.

Redescobrindo o Brasil

Neste tema é possível, inclusive, fazer uma analogia com o Brasil que, desconhecido até 1499, precisou dos descobridores para que o mundo tomasse conhecimento do potencial das suas riquezas naturais – a água, que é exportada com a venda de frutas e seus derivados para o exterior; a terra rica em sais minerais, o vento e o ar da floresta e a energia do sol, que ilumina este país.

Hoje, para ganhar o jogo da competitividade, é imprescindível também contar com que os “descobridores” renovem o modelo mental de quem trabalha em uma organização para aproveitar este momento, já que é na crise que surgem as oportunidades. É nela que ocorre a inovação na melhoria da qualidade dos produtos brasileiros, aumentando a produtividade dos serviços.

Leia, pesquise, analise as estatísticas, faça uma regressão histórica e descubra por que, até pouco tempo, uma minoria se interessava pelo Brasil. Somente o verdadeiro empreendedor consegue enfrentar as crises, tem a energia interior que determina a continuidade, a fidelidade para com a crença de transformar este país emergente em potência mundial, com preparação certa e a criatividade dos brasileiros.