O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (27), em nível histórico de fechamento, aos 146.969,10 pontos, avanço de 0,55%. Paralelamente, o dólar apresentou baixa de 0,41% e terminou cotado a R$ 5,3703.
Segundo especialistas, a movimentação se deveu, principalmente, aos diálogos do presidente americano, Donald Trump, com os chefes do Executivo de Brasil e China.
No caso da Bolsa, o índice chegou a renovar a máxima intradiária, aos 147.976,99 pontos, impulsionado pela melhora no clima comercial entre Estados Unidos e China e pela perspectiva de cortes de juros no Brasil e no exterior.
Durante a tarde, parte dos ganhos foi reduzida pela realização de lucros, após alta acumulada próxima de 4% nas últimas duas semanas. Mesmo assim, o movimento positivo consolidou o otimismo dos investidores, com fluxo forte em papéis de bancos e empresas ligadas a commodities.
Alívio e confiança após conversas
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, avaliou que o diálogo entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, e também a conversa recente entre Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, aumentaram o apetite por risco.
“As expectativas em torno desses encontros trouxeram alívio e maior confiança ao mercado”, afirmou.
O gestor Lucas Tambellini, da Lifetime Asset, destacou que a revisão para baixo das projeções de inflação, o recuo nos preços da gasolina e leituras menores do IPCA-15 e do índice de preços ao consumidor nos EUA reforçaram o cenário de queda dos juros.
“Com a inflação cedendo, o Banco Central tende a reduzir os juros, e isso sustenta a Bolsa”, explicou.
Dólar para baixo
No câmbio, o dólar acompanhou o movimento global e encerrou o dia em baixa de 0,41%, cotado a R$ 5,3703. A moeda americana refletiu o maior otimismo com a possibilidade de um acordo comercial entre Washington e Pequim e o fortalecimento das divisas de países emergentes.
Trump declarou ver “boa chance” de fechar um entendimento com a China ainda nesta semana e anunciou encontro com Xi Jinping para quinta-feira (30). O republicano também manifestou intenção de visitar o país asiático no início do próximo ano.
O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, afirmou que o otimismo com a negociação e a alta das commodities favoreceram moedas como o real. Ele lembrou que a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve, na quarta-feira, também reduz a pressão sobre o dólar.
O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, relacionou o desempenho positivo dos mercados brasileiros às conversas entre Brasil e Estados Unidos.
“O dólar recua e a Bolsa ganha força. O Brasil se beneficia da chance de um novo acordo comercial, embora as incertezas fiscais ainda limitem a valorização do real”, analisou.
Lula celebrou o diálogo com Trump, descrevendo-o como “surpreendentemente bom”. O americano, por sua vez, sinalizou abertura para rever tarifas impostas ao Brasil.
Ações
Entre as ações com melhor desempenho no pregão, destacaram-se Itaú Unibanco, Banco do Brasil e MBRF, esta última com alta de 6,45% após anúncio de ampliação de parceria com a Halal Products Development Company. No lado oposto, Sabesp registrou queda e impactou o índice negativamente.
Pela manhã, o Banco Central realizou leilões de swap e venda de moeda à vista, num total de US$ 2 bilhões, medida que ajudou a conter a volatilidade do câmbio. Analistas preveem movimentações mais intensas nos próximos dias, com a rolagem de contratos e a formação da última Ptax do mês.
Fonte: noticias.r7
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